Eu por mim mesma ....

Não sei amar pela metade, nunca soube, aliás, não se trata só de amor, mas de qualquer tipo de sentimento. Não sinto nada mais ou menos. Não sei sentir em doses homeopáticas. Assim desse jeito, cheia de amor e exageros. Preciso e gosto da intensidade, E se não for assim, prefiro que não seja!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Livro: Comer, Rezar, Amar


Esta leitura foi uma agradável surpresa. Ganhei o livro Comer, Rezar, Amar de uma pessoa muito especial, muito provavelmente porque com certeza essa pessoa sabia que eu iria me identificar muito com a história, aliás, logo em seguida pude ver na TV a apresentação desta autora. Liz Gilbert tem o dom de prender a atenção e comover, seja palestrando, seja escrevendo. Pode ser um equívoco meu, mas senti que Liz é aquele tipo de pessoa bonita em todos os sentidos. Me tornei fã desta autora, de carteirinha.
O livro Comer, Rezar, Amar consiste nas memórias da autora, que viajou por três países – Itália, Índia e Indonésia – por um ano para tentar se “reencontrar”. Com sua vida toda debilitada após um árduo processo de divórcio, sentiu que precisava de um tempo para se reestabelecer – e mais que isso, se renovar como pessoa. Decidiu rumar à Itália para aprender a sentir prazer através da comida e para aprender italiano, idioma pelo qual sempre se sentiu atraída. Na Índia se concentrou em sua espiritualidade, praticando meditação e buscando um auto-conhecimento mais profundo. Em Bali, na Indonésia, tinha a intenção inicial mais de se preparar para voltar aos Estados Unidos, mas pelas curvas do destino, encontrou o namorado de seus sonhos por lá e aprendeu não só a amar mais autenticamente, como aprendeu a se deixar ser amada.
É justamente esse tom romanceado, aparentemente natural, que atribui ao livro essa qualidade tão magnética. Parece que Liz está conversando com você. E não é só isso. A autora é de uma sensibilidade mental refinadíssima e ora nos comove com suas experiências tão bem retratadas com suas palavras, ora nos faz rir com seu aguçado senso de humor.
Se você é uma pessoa prática e objetiva e vive satisfeita com a própria vida, talvez a história do livro Comer, Rezar, Amar não lhe interesse. Por outro lado, para aqueles que tem uma cisma com essa vida, de querer entendê-la, de querer entender-se, de ansiar por refletir sobre a própria existência, e vive assolado(a) por dúvidas de todos os lados, encontrará nos relatos de Elizabeth Gilbert uma infindável sequência de grandes momentos, emoções e uma profunda busca espiritual. E se identificará profundamente com tudo, como foi o meu caso.
Foi um dos livros que li mais rapidamente. É uma experiência curiosa para quem lê com certa frequência, deparar-se ora com livros cuja leitura se arrasta e não termina nunca, ora com livros tão a ver conosco, que a leitura segue tão rápida que faz com que sintamos uma certa frustração por o livro acabar tão “rápido”.
O livro Comer, Rezar, Amar ganhou uma versão para o cinema, com Julia Roberts no papel principal.