Eu por mim mesma ....

Não sei amar pela metade, nunca soube, aliás, não se trata só de amor, mas de qualquer tipo de sentimento. Não sinto nada mais ou menos. Não sei sentir em doses homeopáticas. Assim desse jeito, cheia de amor e exageros. Preciso e gosto da intensidade, E se não for assim, prefiro que não seja!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Maktub


Existem momentos na vida da gente onde acabamos nos questionando o “porquê” das coisas.
Na verdade, creio que fazemos isso a todo o momento. Numa vida tão curta, afinal quanto tempo dura nosso ciclo na Terra? No máximo um século? Isso pra quem vive “bastante”. E durante esse tempo tão curto, por quantas vezes nos deparamos com o questionamento: “Meu Deus, porque isso tinha que acontecer?” ou então: “será que se eu tivesse feito de outra forma, teria sido diferente?”.  
Acredito piamente que isso é nato do Ser Humano, faz parte de nós. Quando somos crianças as perguntas são mais simples (ou não): “Mamãe, porque o céu é azul?”, ou, “Papai, porque a chuva molha?”, “Porque o fogo queima?”, “porque a lua é branca?”, como bem retrata a música Oito Anos, da Adriana Calcanhoto..... E, por fim, vamos crescendo e mudando o teor das perguntas. Mas elas permanecem ali, existindo, talvez em numero ascentende dia após dia.
Não escapo disso. Cada momento dessa minha tão curta vida me pego pensando nesses infindáveis porquês. Por quê?
E em muitas dessas vezes acabo recorrendo ao nosso grande escritor Paulo Coelho, num livro de cabeceira chamado MAKTUB, que como todos sabem, significa “estava escrito”. E cada vez que abro em um texto desse livro consigo parar e pensar. Refletir sobre meus questionamentos e até concluir alguma coisa.
Hoje é um dia marcante na minha vida, um dia onde tenho que tomar uma decisão importante. Quem me conhece sabe bem do que se trata. Então, pela manhã, abri o tal livrinho e a história que li foi a seguinte:
O compositor Nelson Motta estava na Bahia quando resolve visitar a Mãe Menininha do Gantois. Tomou um táxi e no caminho, o chofer perdeu o freio. O carro rodopiou no meio da pista de alta velocidade, mas – além do susto – nada grave aconteceu.
Ao encontrar-se com Mãe Menininha, a primeira coisa que Nelson contou foi o quase acidente no meio do caminho.
- Existem certas coisas que já estão escritas, mas Deus dá um jeito de que passemos por elas sem nenhum problema sério. Ou seja, já fazia parte do seu destino um acidente de carro nessa altura da vida – disse ela.
- Mas, como você vê – Concluiu Mãe Menininha – Aconteceu tudo, e não aconteceu nada.
Fiquei parada em frente ao livro por vários minutos, tentando traduzir as palavras que acabara de ler. Obviamente transferi para o meu problema, ou seja, se estou passando por isso agora, é porque estava escrito no meu destino que assim fosse. Mas, na verdade, posso escapar ilesa do “acidente”, ou seja, não vai acontecer nada. No fim sobrevivemos!
Lembrei-me também de outro autor, Domingos Sabino, que diz:
“Uma vez tomada a decisão, siga em frente e esqueça por completo a outra possibilidade. Tudo sempre acaba bem no final. Se as coisas não estão bem, é porque você ainda não chegou ao final”.

Tomei forças, e estou aqui, esperando o “acidente” passar.
Que bom poder contar com grandes sábios, pessoas vividas, na busca dos nossos “porquês”... A Sabedoria de quem já viveu muito mais que nós nos ajuda a sobreviver e a enfrentar os percalços dessa tão breve vida.
MAKTUB.....

Um comentário:

  1. É isso criança... Maktub!!!
    Estamos aqui para o que precisar... seja uma caneta ou uma borracha para reescrever o que desejar, rs. Força!
    Forte abraço,
    Aline.

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Legal, adoro saber sua opinião ;)